Autoridades reunidas no salão do Fórum

 
Na manhã desta quinta-feira (16), autoridades locais acionaram a imprensa local para comunicar um fato à população. Conforme eles, não há motivo para pânico e tampouco especulações em cima do caso Thais e do desaparecimento de Josiane. Na coletiva, estiveram presentes o juiz Líbio de Araújo Moura, da 3ª Vara Cível de Parauapebas; a promotora Bruna Soares representando o Ministério Público; os delegados Rilmar Firmino – delegado geral adjunto do Pará; Vicente Gomes, Antônio Gomes de Miranda Neto; representando a Polícia Militar o coronel Roberto Coaracy e o major Benedito Sabbá; além do conselheiro tutelar Ivanildo Braga. A reunião aconteceu no salão do Juri do Fórum da cidade.
Conforme o juiz Líbio de Araújo, mediante o último acontecimento – referindo-se ao caso Thais – não há motivos para pânico. “É claro que foi um fato que chocou Parauapebas e a família tem suas razões de reclamar e de estar sofrendo. Mas dentro desta questão, não há motivos para a população de Parauapebas estar em pânico, pois as autoridades locais, tanto policiais, como o judiciário e Ministério Público estão se empenhando para solucionar mais esse caso”, informou Líbio. Ainda de acordo com o magistrado, pessoas que usam da bebida alcoólica e de outros artifícios para incitar a população contra as autoridades, também serão alvos de justiça por parte das autoridades. “Recordo-me bem de um caso parecido com este da pequena Thais que aconteceu em Goianésia do Pará. Pessoas más intencionadas colocaram populares contra as autoridades, foi queimado o destacamento da Polícia Militar e boa parte da cidade foi acabada através da fúria da população. Ressaltamos que não iremos vivenciar isto, não há motivos para pânico e os populares não devem acreditar em qualquer boato espalhado por pessoas que não querem o bem da cidade. Enfatizamos, as autoridades estão empenhadas em resolver o caso da menina Thais e somente a perícia vai dizer o que realmente aconteceu. Infelizmente o crime precede as normas, nós trabalhamos contra o crime, mas enquanto estamos tentando fazer justiça em um caso, outro crime está sendo executado, infelizmente é assim e a população deve tentar compreender isso. Mas devo dizer, nenhum crime nesta comarca ficara impune, todos os crimes são apurados e julgados da forma correta, mas é claro que não iremos  prender qualquer pessoa, apenas para saciar o desejo de justiça”, enfatizou Líbio.
O coronel Roberto Coaracy também falou à imprensa em relação à presença de policiais nas ruas. “A quantidade de 200 policiais militares nas ruas está longe de ser o ideal, mas dentro da nossa realidade tentamos evitar o máximo de criminalidade. Sabemos que o caso Thais chocou a população, mas o que eu quero esclarecer em nome da Polícia Militar é que estamos trabalhando junto às outras autoridades para resolvermos este caso, encontrar a autoria do crime, mas necessitamos da ajuda dos populares, do empenho da população em ajudar e não criticar a polícia. Infelizmente, existem algumas pessoas que tentam colocar à população contra a polícia, mas afirmo que esta não é a melhor maneira de resolvermos os problemas, devemos ter força e união nesta hora”, disse o coronel. Ele ainda pediu para que algumas pessoas tenham consciência e não passem trotes ao disque-denúncia (3346-2250). “Só nesta manhã foram cinco denúncias de novos desaparecimentos, como de praxe, a polícia teve que ir ao local e confirmou as mentiras”, observou Roberto.
Pedindo um pouco de moderação nas matérias veiculadas pelos meios de imprensa, o delegado Antônio Gomes de Miranda Neto fez uma ressalva em relação a uma informação errada que foi repassada à população que já existiam 12 pessoas desaparecidas. “Realmente em 2012 já foram registradas 12 ocorrências comunicando desaparecimento de adolescentes e jovens, acontece que todas estas pessoas já estão em meio aos seus familiares. Das 12 ocorrências registradas, apenas duas tem embasamento, que foi o caso da pequena Thais – encontrada morta – e da Josiane que ainda está desaparecida. Ressaltamos a população que a polícia está empenhada nos dois casos e atrás de resultados”, observou a autoridade. Ele ainda acrescentou que muitos adolescentes saem de suas residências sem falar nada aos pais e somem durante alguns dias. “Daí os pais registram como desaparecimento, mas na verdade, os filhos não dizem para onde vão e depois aparecem normalmente”, observou.
Rilmar fala sobre o caso Thais – De acordo com o delegado Rilmar Firmino – delegado geral adjunto do Pará – há indícios de que a criança Thais dos Santos Feitosa, 12 anos, tenha sido executada com um tiro na nuca. O policial ressaltou que a polícia ainda não tem informações se a cabeça e os braços da menor foram realmente cortados, ou se animais dilaceraram o corpo.
“Somente com a chegada do laudo pericial, que está previsto para 10 dias, iremos ter certeza de como aconteceu o crime. Por enquanto, temos apenas essa informação, de que a menor pode ter sido executada com um tiro na nuca”, relatou Rilmar.
Pelo menos 10 policiais civis, além de militares, estão nas ruas com equipes de investigação, com a intenção de solucionar o caso.